sábado, 22 de agosto de 2015

Especial Beleza

Tratamentos naturais para pele e cabelo
Dentro de casa, entre os alimentos que estão guardados na dispensa, temos produtos poderosos que auxiliam no aspecto e saúde da pele e dos cabelos. Alguns deles são muitas vezes o composto principal de produtos de beleza industrializados, então, por que não utilizá-los em seu estado mais puro para beneficiar o corpo por dentro e por fora?

Tratamentos para a pele

Esfoliação com aveia

Para diminuir os efeitos que a poluição e as impurezas do ar causam na pele, a esfoliação é necessária e deve ser feita com frequência.
Lave bem a pele com o sabonete facial de costume. Após isso, experimente uma esfoliação para retirar as células mortas: coloque um pouco de aveia na mão e água morna e massageie a pele do rosto. Enxague bem com água morna.
Esfoliação com fubá e mel
Misture o fubá e o mel até formar um creme homogêneo e massageie. Retire com água corrente e seque bem.

Máscara “Efeito Cinderela”

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Para dar uma firmeza na pele e deixar um aspecto saudável antes de uma festa, esta máscara é perfeita e super simples. Basta misturar 2 colheres de sopa de aveia em flocos, 50g de iogurte natural e 1 colher de mel. Misture tudo até formar um creme e coloque folhas de hortelã. Aplique na pele e deixe por 20 minutos. Retire com água.

Argila

destacada
A argila funciona como tratamento estético e terapias. É um composto muito poderoso que promove esfoliação, absorve impurezas, reconstitui tecidos, elimina a oleosidade e pode até reduzir medidas. Para aplicar, lave bem a pele. Após lavada, misture uma colher de sopa de argila à agua mineral ou chá de camomila em temperatura morna até que atinja uma consistência pastosa. Aplique na pele do rosto e deixe até que ela seque. Ao retirar a máscara com água, não aplique cremes e maquiagens nas horas seguintes.

Para reduzir olheiras

Para auxiliar na diminuição das olheiras, a água é muito bem-vinda! Basta colocar algodões com água quente e deixar sob os olhos por menos de 5 minutos. Logo depois, troque o algodão e coloque água gelada. Essa prática diminui o inchaço das pálpebras e os roxos comuns dessa região.

Para os cabelos

Mel, Azeite e Abacate:

Para garantir um efeito sedoso e macio aos fios dos cabelos, estes ingredientes combinados são excelentes e proporcionam um resultado fantástico.
Misture 3 colheres de sopa de mel a duas de azeite e meio abacate. Misture tudo, aplique nos cabelos e deixe agir por 30 minutos. Após o enxague, você já vai sentir a diferença.

Azeite de oliva e Mel

Misture 2 colheres de chá de azeite de oliva a 1 copo de iogurte natural e deixe agir por 15 minutos e enxague com água fria. Lave normalmente após o processo.  Este creme é poderoso para hidratar os fios e dar brilho.

Essas receitas simples e com produtos que temos em casa são tratamentos naturais poderosos para hidratar e trazer ganhos reais à pele e aos cabelos. Então que tal separar uns minutos do seu dia e aplicá-las? Conte para a gente os resultados!

Alimentos que mais possuem efeito para prevenir Câncer

 O número de pessoas que buscam alcançar uma qualidade de vida está cada vez maior. Então vale a pena seguir algumas orientações básica de como se prevenir para vivermos bem e com qualidade de vida!
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E essa é uma tendência mundial. Enquanto a tecnologia avança e curas são descobertas, as pessoas buscam, além da medicina tradicional, métodos alternativos e readaptação de hábitos alimentares e cotidianos, que são práticas fundamentais para a prevenção de doenças.
O câncer é uma doença que pode ser adquirida de acordo com uma série de fatores, alguns controláveis e outros não. Por exemplo, há aspectos ambientais, genéticos, hereditários e também de estilo de vida que podem influenciar no aparecimento das células cancerígenas.
A doença está relacionada com várias causas como álcool, tabaco, exposição solar e lugar de nascimento/vivência. 
Eliminação de agentes causais
Pare de fumar!
Controlar o consumo de agentes que influenciam no aparecimento da doença é fundamental para se prevenir de câncer. Algumas das ações específicas são o controle do tabagismo já que o cigarro é responsável por 30% de todas as mortes por câncer principalmente na boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero e leucemia.
Controle nutricional
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Melhoras os hábitos alimentares também representam um benefício significativo para o não aparecimento da doença. A redução da gordura na alimentação, assim como o aumento da ingestão de fibras e o controle do peso também são ações positivas para evitar câncer.
Os alimentos que mais possuem efeito direto para prevenir câncer são: cenoura, alho, grãos integrais, tomate, fibras, brócolis e abacate.
Atividade física
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As atividades físicas devem fazer parte da rotina de acordo com as peculiaridades, gostos e limitações de cada pessoa. Um estudo publicado pelo Journal of the National Cancer Institute conta que os adolescentes que praticam exercícios reduzem a probabilidade de câncer de mama, porque reduz os níveis de estrogênio, hormônio relacionado do risco de câncer. Além disso, diminui a circulação das citocinas pró-inflamatórias no organismo.
Exposição ao sol
Cuidado com os raios solares! Eles são responsáveis por alterações celulares que causam o câncer de pele. O protetor solar deve ter fator mínimo 20 e é importante o uso de chapéus, guarda-sol, bonés e qualquer tipo de barreira física.
Sexo seguro
O HPV, papiloma vírus humano, é uma doença sexualmente transmissível responsável pelo câncer do colo do útero, vulva, pênis e orofaringe. Praticar sexo seguro é fundamental para se prevenir dessas doenças.
Também se faz muito importante a rotina semestral de exames preventivos. Eles são os maiores aliados na medicina diagnóstica, pois são capazes de detectar problemas em um estágio antecipado. Assim, as doenças ficam muito mais fáceis de serem tratadas com resultados favoráveis e a reversão de doenças como o câncer se torna mais possível.
Cuide-se, contemple o seu corpo e a alma para viver sempre bem e com saúde.

Receita de Pré-Treino

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Turbine o seu treino com um delicioso shake de morango com banana que pode ser feito em apenas 5 minutos! Confira a receita:
Rendimento: 3 porções
Tempo de preparo: 5 minutos
Calorias por porção: 347 Kcal
Ingredientes
2 xícaras (chá) de AdeS saborShake de Morango gelado
1 banana-nanica picada
2 colheres (sopa) de gérmen de trigo
Modo de Preparo
No copo do liquidificador, coloque o Ades sabor shake de morango gelado e a banana, e bata por 2 minutos ou até ficar homogêneo. Acrescente o gérmen de trigo e bata rapidamente só para misturar. Distribua em 2 copos e sirva em seguida.
Fonte: http://bit.ly/1f08rGY

DICA DA NUTRI

FRANGO COM BATATA DOCE


Nos rendemos à Batata Doce porque, além do baixo índice glicêmico, ela é rica em fibras, ferro, potássio, vitamina A, C e E. Este prato, indicado para todas as dietas, é completo pois contém Frango Grelhado, Batata Doce e Mix Verde (Alface Americana, Alface Crespa e Rúcula). Mais novidades vem por ai!!!

BOLO DE BANANA PARA AS CRIANÇAS

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Montar uma lancheira saudável para as crianças é uma tarefa que exige muita criatividade. Haja inspiração para sair da rotina de bisnaguinhas e bolachas. Que tal, então, incrementar o lanche dos pequenos com uma receita super fácil, rápida e saudável.
O site da OMO disponibilizou uma receita de bolo de banana que da para fazer num piscar de olhos. Anote os ingredientes:

Bolo de banana
Ingredientes
– Duas bananas nanicas bem maduras
– Meia xícara de uvas passas pretas
– Dois ovos
– Um quarto de xícara de óleo
– Uma xícara de aveia
– Uma colher de sopa de fermento em pó

Modo de fazer
Corte as bananas grosseiramente e coloque-as no liquidificador com os outros ingredientes, deixando por último o fermento, que só deverá ser acrescentado quando a massa estiver homogênea.
Unte a forma e polvilhe-a com farinha de trigo. Em seguida despeje o conteúdo em uma forma de bolo inglês, você pode usar outras formas também, mas tente manter no mesmo tamanho para que o bolo possa crescer.
Pré-aqueça o forno a 200 graus e asse por volta de 35 à 40 minutos. Evite abrir o forno antes dos 30 minutos, pois isso pode abatumar a massa. Espete um palito de dentes na massa e, se este sair limpo, significa que está pronto!

Com essa receita fica fácil agradar até mesmo os filhos mais exigentes!

Alimentos e Longevidade


As escolhas alimentares que realizamos ao longo da vida têm influência direta sobre quanto tempo vivemos. A expectativa de vida aumentou nos últimos anos, por isso precisamos adotar hábitos alimentares saudáveis desde cedo para garantir uma velhice com mais saúde e qualidade de vida.
Uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes antioxidantes, prolonga a juventude e protege o organismo contra os efeitos do tempo. Quando há desequilíbrio entre a produção de radicais livres e os mecanismos de defesa antioxidante, ocorre o chamado estresse oxidativo, que inicia o processo de envelhecimento do organismo.
Para diminuir os males causados pelos radicais livres, precisamos ingerir antioxidantes. Estes são vitaminas, minerais ou fitoquímicos encontrados nos alimentos ou suplementos que se ligam aos radicais livres, tornando-os inofensivos. Os alimentos com propriedades antioxidantes combatem e neutralizam a ação dos radicais livres, retardando o envelhecimento e ajudando na prevenção e no tratamento do câncer e de doenças cardiovasculares, além de fortalecer o sistema imunológico.
longevidade
Alimente-se bem e viva mais e melhor!
Geleia real
As vitaminas C e E e o inositol presentes na geleia real possuem ação antioxidante, atuam neutralizando a ação dos radicais livres e prevenindo os efeitos indesejados relatados. Estudos demonstram ainda que os aminoácidos existentes na composição da geleia real podem auxiliar na síntese de colágeno, responsável pela sustentação da pele. Assim, esse superalimento é capaz de combater flacidez e rugas, retardando o envelhecimento. Os mesmos estudos relacionam ainda a função de manutenção de níveis adequados do estrogênio (hormônio feminino) com a longevidade, a beleza e o rejuvenescimento da pele.
Cranberry
Essa pequena fruta americana é rica em antocianinas e em vitamina C, que apresentam potente ação antioxidante, combatendo os radicais livres e retardando o envelhecimento precoce da pele. Atua também na prevenção do câncer, principalmente de mama, no controle das taxas de colesterol e na prevenção de doenças cardíacas. Pesquisas mostram sua eficácia no tratamento de infecções urinárias.
Goji berry
As famosas frutinhas do noroeste da China e do Tibete. Em 100 gramas dessa fruta, temos 2500 mg de vitamina C, que é um potente antioxidante. Também é fonte de betacaroteno, relacionado à maior defesa imunológica.
Romã
É uma fruta originária do Oriente Médio. Seu suco apresenta uma composição de diversos antioxidantes fenólicos: antocianinas, quercetina, ácidos fenólicos, como o elágico, e tanino. Pesquisas mostram que o suco de romã apresenta ação antioxidante até três vezes maior que a do vinho tinto e a do chá-verde. Possui flavonoides que auxiliam na desintoxicação do organismo, exerce ação antiproliferativa e anti-inflamatória, tendo papel na prevenção e no tratamento do câncer, e seus polifenóis atuam na redução dos níveis de LDL.
Cacau
É rico em polifenóis e catequinas, substâncias de ação antioxidante que atuam no retardo do envelhecimento. Pode reduzir as concentrações de triglicérides, prevenir a aterosclerose, melhorar a circulação e prevenir o diabetes. O cacau é encontrado em pó e nos chocolates amargos com maior percentual desse nutriente (30%, 50% e 70%).
Cúrcuma
Também conhecida como açafrão, é fonte de curcumina, de ação antioxidante, por isso evita o envelhecimento precoce. Possui potencial anticâncer, destoxificante, antimicrobiano e anti-inflamatório. Protege nosso organismo de doenças cardiovasculares e do início e desenvolvimento de tumores. A cúrcuma não pode ser aquecida em excesso, por isso uma boa dica é adicioná-la ao arroz integral ou ao molho de tomate no final do cozimento.
Óleo de coco
Rico em vitamina E, um potente antioxidante, atua reduzindo o processo de envelhecimento das células. Fortalece a imunidade, atua no controle das taxas de colesterol, prevenindo doenças cardiovasculares, e evita o aparecimento de câncer por neutralizar os radicais livres, que podem danificar as células, promovendo o surgimento de tumores.
Suco de uva integral
Fonte de resveratrol, poderoso antioxidante presente na casca da uva, retarda o processo de envelhecimento. Atua ainda inibindo a oxidação das gorduras e a agregação plaquetária e auxiliando no controle da pressão arterial. Por isso é considerado um coadjuvante na prevenção de doenças cardiovasculares.
Óleo de abacate
Possui alto teor de vitamina E, antioxidante que atua inibindo os radicais livres e retardando o processo de envelhecimento. O óleo de abacate é rico em ácido oleico (ômega-9), que atua promovendo o aumento do HDL e a redução dos níveis de LDL, contribuindo dessa forma para a prevenção de doenças cardiovasculares. Os fitosteróis presentes no óleo atuam ainda na prevenção de doenças cardiovasculares.
Chia
Devido ao alto teor de ômega-3, auxilia na redução e no controle de colesterol, triglicérides e hipertensão arterial. Apresenta grande quantidade de nutrientes antioxidantes, que neutralizam a ação dos radicais livres, podendo prevenir o câncer e doenças cardiovasculares e retardar o envelhecimento precoce.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Água de Coco



Considerada um isotônico natural pela sua riqueza de minerais. A água contém sais minerais, potássio, fósforo e quantidades adequadas de carboidratos e pobre em sódio. Possui também vitaminas do complexo B, magnésio e vitamina C.
Melhor época (safra) de comprar do coco verde: outubro e março.

Benefícios da Berinjela


Berinjela e seus Benefícios a Saúde!


Um estudo feito em 1998, com 20 pacientes hipertensos, com a idade média de 59 anos, com sobrepeso, por 222 dias de observação; usando o suco de berinjela violeta escura com casca liquefeita com suco laranja; obtiveram uma redução de 30% no colesterol total e 43% na fração LDL-colesterol, sem alteração significativamente das frações HDL e VLDL, bem como do peso corporal.
Kayamori e Igarashi (1994) testaram o efeito da nasulina, uma antocianina extraída da berinjela e da delfinidina (sua glicona) nos níveis séricos de colesterol em ratos.
Concluíram que ambas as substâncias contribuem para a redução do colesterol (LDL e total) e para a elevação do colesterol HDL; o que se deve, em parte, à inibição da absorção intestinal de colesterol e ácidos biliares.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Glutamina e antioxidantes em pacientes críticos não melhoraram os resultados clínicos

Um estudo randomizado do Uso de Glutamina e Antioxidantes em pacientes críticos
Heyland, D., et al. N Engl J Med, 2013.
Os pacientes críticos, em unidades de terapia intensiva (UTIs), apresentam níveis aumentados de marcadores de estresse oxidativo e uma maior incidência de falência de múltiplos órgãos quando comparado com pacientes menos graves. As meta-análises de estudos randomizados sugerem que a suplementação de glutamina e antioxidante em pacientes críticos pode estar associada a uma melhora na sobrevida, porém, estudos recentes não confirmaram tal efeito. O objetivo do presente estudo, duplo cego, foi avaliar o efeito da suplementação com glutamina e antioxidantes em pacientes críticos, sendo o desfecho primário, a mortalidade em 28 dias.

Foram selecionados, aleatoriamente, 1.223 adultos em estado crítico internados em 40 UTIs, no Canadá, Estados Unidos e Europa, apresentando falência de múltiplos órgãos em uso de ventilação mecânica, para receber suplementação de glutamina (0,35 g/Kg de peso corporal/dia, via intravenosa e 30 g de glutamina por dia, via enteral) ou antioxidantes (300 μg de selênio, 20 mg de zinco, 10 mg de beta-caroteno, 500 mg de vitamina E, e 1500 mg de vitamina C, via enteral e 500 μg de selênio intravenoso), ambos, ou placebo (intravenoso e enteral), após 24 horas de internação na UTI, por um período máximo de 28 dias, até a alta da UTI ou morte. Em geral, os pacientes receberam 70,9% dos suplementos enterais e 89,1% dos suplementos parenterais.

Foi observado uma tendência no aumento da mortalidade em 28 dias entre os pacientes que receberam suplementação de glutamina, em comparação aos que não receberam (32,4% vs 27,2%), além disso, a mortalidade intra-hospitalar e em 6 meses de internação foi significativamente maior no grupo suplementado com glutamina, enquanto a suplementação com antioxidantes não apresentou diferenças significativas (30,8%, vs 28,8%). Houve também um aumento significativo no tempo médio para alta com vida da UTI e o tempo médio para alta com vida do hospital entre os pacientes que receberam glutamina, em comparação com aqueles que não o fizeram. O uso de glutamina não teve efeito sobre os resultados de falência de órgãos ou de complicações infecciosas.

O mecanismo através do qual a glutamina pode causar danos é desconhecida, porém, vários fatores podem explicar a discrepância entre os resultados do presente estudo e descobertas anteriores: as indicações anteriores de benefício surgiram a partir da meta-análise de ensaios menores; os pacientes receberam a dose mais elevada de glutamina indicada para pacientes críticos, contrastando com estudos anteriores; o presente estudo utilizou a via parenteral e a enteral, enquanto que estudos anteriores utilizavam apenas uma via; a maioria dos pacientes do presente estudo apresentavam estado de choque, enquanto em outros estudos, estes pacientes eram excluídos; outros estudos iniciaram a suplementação mais tarde, enquanto no presente estudo, a suplementação era iniciada dentro de 24 horas; e a maioria dos pacientes do presente estudo receberam nutrição enteral, contrastando com estudos anteriores que apresentavam maior número de nutrição parenteral.

Em conclusão, este estudo mostrou que a administração precoce de glutamina e antioxidantes em pacientes críticos com falência de múltiplos órgãos não melhoraram os resultados clínicos, e além disso, a glutamina mostrou-se prejudicial, aumentando a mortalidade, em 28 dias de internação.

Nutrição trófica


Nutrição enteral de baixo volume não beneficia paciente com lesão pulmonar aguda

Pesquisadores norte-americanos publicaram na revista científica Journal of the American Medical Association (JAMA) um estudo em pacientes com lesão pulmonar aguda que comparou a nutrição enteral (NE) com baixo volume (denominada “trófica”) com a dieta enteral plena (considera o volume total da dieta de acordo com as necessidades nutricionais individuais). Os pesquisadores verificaram que a estratégia da nutrição enteral trófica não diminuiu o tempo de ventilação mecânica, bem como os índices de mortalidade e complicações infecciosas, mas foi associada com melhor tolerância gastrintestinal.

Trata-se de um estudo randomizado, multicêntrico, que foi realizado durante três anos. Nesse período foram selecionados 1.000 adultos com lesão pulmonar aguda, em ventilação mecânica e com indicação clínica de nutrição enteral. 

Os pacientes receberam durante os seis primeiros dias de início da NE as seguintes dietas: grupo nutrição enteral plena (n=492) recebeu de 25 a 30 kcal/kg de peso por dia de calorias não proteicas e 1,2 a 1,6 g/kg de peso por dia de proteína, com volume inicial de 25 mL/h, avançando conforme a tolerância do paciente até atingir as necessidades nutricionais calculadas; e o grupo nutrição enteral trófica (n=508) iniciou o tratamento com volume de 10 mL/h (correspondendo a 10-20 kcal/h). Após o sexto dia de tratamento, todos os pacientes passaram a receber a nutrição enteral plena. 

Assim, o grupo nutrição enteral plena recebeu mais calorias durante os primeiros seis dias: cerca de 1300 kcal/dia comparado com 400 kcal/dia (p<0,001). Os pacientes que receberam nutrição enteral trófica não aumentaram o número de dias livre de ventilação mecânica (14,9 [IC 95%, 13,9-15,8] versus 15,0 [IC 95%, 14,1-15,9]; p=0,89) e não reduziram a mortalidade no período estudado (23,2% vs 22,2%; p=0,77) em comparação com a nutrição enteral plena. Não houve diferenças na incidência de complicações infecciosas entre os grupos. 

Apesar de receber mais agentes pró-cinéticos, o grupo nutrição enteral plena apresentou mais episódios de vômitos (2,2% vs 1,7%; p=0,05), volumes gástricos residuais elevados (4,9% vs 2,2%; p<0,001) e constipação (3,1% vs 2,1%, p=0,003). Os valores médios de glicose plasmática e administração de insulina foram maiores no grupo nutrição enteral plena durante os seis primeiros dias.

“Ao contrário dos estudos anteriores em adultos criticamente enfermos, a nutrição enteral hipocalórica não reduziu significativamente a mortalidade, complicações infecciosas e o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva (UTI). Estes resultados também diferem dos benefícios previamente relatados de proporcionar maior ingestão calórica em pacientes críticos”, concluem os autores.

Referência(s)

National Heart, Lung, and Blood Institute Acute Respiratory Distress Syndrome (ARDS) Clinical Trials Network, Rice TW, Wheeler AP, Thompson BT, Steingrub J, et al. Initial trophic vs full enteral feeding in patients with acute lung injury: the EDEN randomized trial. JAMA. 2012;307(8):795-803. 

Sinais de Resistência insulínica: manchas escurecidas nas axilas e na região da nuca!

O que é resistência à insulina?

Resistência à insulina é um termo empregado para definir uma situação em que a insulina que circula no sangue não tem sua atividade plena. Esse hormônio é fundamental para o controle das taxas de glicose no sangue. A insulina é responsável pela entrada de glicose nos diversos órgãos e tecidos, entre eles o fígado, o músculo e o tecido adiposo. Quando o indivíduo é resistente à insulina, seu pâncreas produz o hormônio com o estímulo gerado pela glicose, mas este não age apropriadamente. Ou seja, a glicose não é capaz de entrar nas células dos tecidos e se acumula no sangue.
 
Qual é a função principal da insulina, que pode estar alterada na resistência?
A insulina é um hormônio que possui várias funções orgânicas. Sem dúvida, a principal é a de facilitar a entrada da glicose nas células para que seja aproveitada como fonte de energia. Esse efeito é muito intenso nos músculos, que utilizam grandes quantidades de glicose.

Quais são as consequências para o organismo quando existe resistência à insulina?

Com o intuito de corrigir essa resistência, o organismo acaba secretando maiores quantidades de insulina, que, em níveis maiores, consegue cumprir suas funções. No entanto, algumas vezes, esse mecanismo pode não ser eficiente, levando a uma concentração aumentada tanto da insulina quanto da glicose no sangue, podendo resultar em um estado de pré-diabetes ou mesmo em diabetes. Acredita-se que a resistência à insulina também esteja associada a outras condições como hipertensão arterial, aumento do colesterol sanguíneo e doenças vasculares.

Quais são as condições clínicas mais frequentemente associadas à resistência à insulina?

Dentre as condições que levam a resistência à insulina, destacam-se o excesso de peso (obesidade) e o sedentarismo. Outras entidades também são associadas ao quadro, como a síndrome dos ovários policísticos. Nos portadores de diabetes tipo 2, é muito frequente haver algum grau de resistência à insulina.

Como fazer o diagnóstico de resistência à insulina?

Esse diagnóstico é eminentemente clínico. Indivíduos com excesso de peso, concentrado principalmente na região abdominal, são os que mais frequentemente apresentam resistência à ação da insulina. Em alguns casos, podem ocorrer algumas manchas escurecidas nas axilas e na região da nuca conhecidas como “acantose nigricans”. Algumas vezes, a dosagem da insulina pode ser útil, pois resulta, em geral, em valores altos, revelando a tentativa do organismo de corrigir o defeito.  No entanto, essa dosagem representa apenas uma ferramenta que complementa o diagnóstico clínico.

É possível combater a resistência à insulina?
Sim. Especialmente em indivíduos com obesidade e sedentarismo, a redução do peso e a atividade física regular podem, com muita eficácia, reverter o problema e evitar suas consequências. Algumas medicações atuam nesse mecanismo, devendo ser usadas somente quando prescritas pelo médico.

Entendendo a Síndrome Metabólica!!!


Entendendo a Síndrome Metabólica 
Saúde & Qualidade de Vida - Patologia & Nutrição
A Síndrome Metabólica (SM) é definida como o agrupamento de algumas das seguintes características: obesidade central, resistência insulínica (RI), dislipidemia aterogênica, hipertensão, marcadores de inflamação vascular e homeostasia da glicose alterada, que estão associadas ao aumento no risco de doenças cardiovasculares (DCV) e diabetes tipo 2 (SILVEIRA, 2008).
Reaven, na década de 1980, observou que a dislipidemia, a hipertensão arterial e a hiperglicemia eram condições freqüentemente associadas em um mesmo indivíduo e conferiam maior risco cardiovascular, situação a qual denominou de síndrome X. Desde então, surgiram diversas definições para SM (LOTTENBERG. et al, 2007).
Duas principais definições da síndrome metabólica foram apresentadas: a primeira pela OMS e a outra pelo Third Report of the National Cholesterol Education Program's Adult Panel (ATP-III). A definição da OMS privilegia a presença dos fatores de risco e é caracterizada pela resistência à insulina ou pela alteração do distúrbio do metabolismo da glicose. Os critérios da ATP-III apresentam maior aplicabilidade na prática clínica, pois não necessitam de teste oral de tolerância à glicose, como o da OMS, sendo adotados pela I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica (CAVAGIONI, 2008).

A tabela abaixo, compara os critérios das mais importantes instituições com publicações a respeito:
Definições da Síndrome Metabólica de acordo com diferentes entidades.

OMS, 1998 (4)
NCEP - ATP III 2001 (5)
IDF, 2006 (6)
Diagnóstico de SM Firmado porResistência à insulina e presença de mais 2 componentesPresença de 3 dos 5 componentesCircunferência abdominal alterada e presença de mais 2 componentes
Componentes
Resistência à insulinaTDG, GJA, DM tipo 2 ou sensibilidade à insulina diminuída
-
-
Composição CorporalRazão cintura-quadril:
Homens > 0,90 cm
Mulheres > 0,85 cm
e ou IMC > 30 kg/m2
Circunferência abdominal:
Homens > 102 cm
Mulheres > 88 cm
Circunferência abdominal:
Homens > 94 cm
Mulheres > 80 cm
Lipídeos séricos (mg/dl)Triglicerídeos ≥150 e/ou homens HDL < 35
Mulheres HDL < 39
Triglicerídeos ≥150 e/ ou Homens HDL < 40
Mulheres HDL < 50
Triglicerídeos ≥150 e/ ou Homens HDL < 40
Mulheres HDL < 50 ou uso de Hipolipemiantes
Pressão Arterial (mmHg)≥140 / 90≥ 130/85 ou uso de anti-hipertensivos≥ 130/85 ou uso de anti-hipertensivos
Glicose sérica (mg/dl)TDG, GJA, ou DM tipo 2> 110 (incluindo DM)> 100 (Incluindo DM)
OutrosMicroalbuminúria
Excreção urinária de albumina >
20 µG/min  
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OMS: Organização Mundial da Saúde, NCEP - ATP III: National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III, IDF: International Diabetes Federation, TDG: Tolerância diminuída à glicose, GJA: Glicemia de jejum alterada, DM: Diabetes Mellito
Fonte: SETEEMBURGO et al, 2007


Estudos recentes tem mostrado que a SM constitui uma combinação particular de fatores de risco cardiovasculares usualmente relacionados à deposição central de gordura e à resistência à insulina. O tecido adiposo apresenta capacidade secretora de substâncias com efeitos biológicos importantes que teriam relação direta com a resistência à insulina. Estas substâncias são, na maioria, polipeptídios entre os quais se incluem: a leptina, a resistina, o peptídio inibidor do ativador de plasminogênio (PAI-1), o fator de necrose tumoral (TNF- a), a interleucina-6 (IL-6), o peptídio estimulador da acilação (ASP), a grelina e a adiponectina. As condições próinflamatórias constituem um elo entre a RI e disfunção endotelial, que é o estágio que precede o desenvolvimento da aterosclerose e tem sido relatado em pacientes com diabetes tipo 2 e em obesos não diabéticos. Nos últimos anos, tem havido um progresso considerável na compreensão dos mecanismos de ação da insulina e os defeitos moleculares que desencadeiam sua resistência. No entanto, é preciso ainda elucidar muitos mecanismos fisiológicos envolvidos na resistência à insulina e determinar a susceptibilidade genética desta resistência, bem como as interações entre os genes e o estilo de vida (BARBARO et al, 2007).
Outros fatores que também têm sido relacionados à SM são: diminuição do tamanho das partículas de LDL colesterol (LDL pequeno e denso); elevação nos níveis da apolipoproteína B; alterações no estado pró-trombótico (elevações nas concentrações do fibrinogênio e aumento de inibidor-1 do ativador de plasminogênio) e no estado pró-inflamatório (aumento das citocinas: fator de necrose tumoral a, interleucina-6 e aumento da proteína C-reativa) e elevação dos níveis de ácido úrico (STEEMBURGO et al, 2007).

Prevalência
A SM é um transtorno de alta prevalência na população em geral. Nos Estados Unidos, a prevalência ajustada para a idade na população adulta é de 23,7%, segundo dados do Third National Health and Nutrition Examination Survey – NHANES III. Não há estudos de prevalência representativos da população brasileira (TEIXEIRA et al, 2007).
De uma maneira geral, a prevalência da SM vem aumentando e esses achados estão associados com a epidemia de obesidade e diabetes. De fato, a SM está fortemente associada ao diabetes tipo 2, onde cerca de 86% dos pacientes são portadores da SM. Esses dados foram confirmados em estudo realizado em Porto Alegre, RS, onde a prevalência de SM em pacientes com diabetes tipo 2 foi de cerca de 90% (SETEEMBURGO et al, 2007).

Etiologia
Podemos considerar a etiologia da SM como multifatorial, sobretudo pelo fato de geralmente ser desencadeada pela presença de obesidade, sedentarismo, hábitos dietéticos e interação com fatores genéticos, o diagnóstico da SM parece identificar pacientes com risco adicional para diabetes mellitus tipo 2 e DCV, comparado à análise de fatores de riscos isolados. Neste sentido, após dados apresentados pelo estudo "Coronary Artery Surgery Study", Nigam et al. referiram aumento da morbimortalidade em pacientes com SM, ao analisarem banco de dados incluindo, aproximadamente 25 mil indivíduos com DCV comprovada ou submetidos à cineangiocoronariografia devido à forte suspeita diagnóstica (NAKAZONE. 2007)
                       
Síndrome Metabólica e Dieta
A intervenção dietoterápica faz parte da terapia inicial para o manejo da SM como integrante das alterações de estilo de vida (SETEEMBURGO et al, 2007).
                
A tabela abaixo apresenta alguns estudos que têm analisado o papel de fatores dietéticos relacionados à SM considerando-a como uma entidade clínica independente:

Sumário dos principais estudos que avaliaram Dieta e Síndrome Metabólica.
Estudo
Delineamento
Grupo em estudo
Definição
Intervenção
Duração
Resultados
Freire e cols. (40)Transversal877 indivíduos nipo-brasileiros (412 homens; 465 mulheres)NCEP
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O consumo de gordura total aumentou enquanto o consumo de ácido graxo poliinsaturado linoleico reduz a chance para a presença de SM
Esmallzadeh e cols. (41)Transversal827 indivíduos Iraquianos(357 homens; 470 mulheres)NCEP
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Consumo de grãos integrais foi associado negativamente com hipertensão arterial, hipertrigliceridemia e presença de SM
Steemburgo e cols. (42)Transversal214 pacientes com DM tipo 2 (104 homens; 110 mulheres)IDF
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Consumo alimentos ricos em fibras solúveis (grãos integrais e frutas) foi associado negativamente com  a presença da SM
Sahyoun e cols. (43)Transversal e Coorte535 indivíduos idosos 179 homens; 356 mulheres)NCEP
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3 anosConsumo elevado de grãos integrais foi associado negativamente com prevalência da SM e com redução de risco de mortalidade CV
Mckeowns e cols. (44)Coorte2834 indivíduos (1290 homens; 1544 mulheres)NCEP
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4 anosO consumo de grãos integrais foi associado negativamente e o consumo de alimentos com alto IG associado positivamente com a resistência à insulina e a prevalência da SM
Exposito e cals. (45)Ensaio Clinico randomizado180 pacientes com SM (99 homens; 81 mulheres)NCEPDieta mediterrânea vs. dieta AHA2 anosDieta medirerrânea reduziu o número de componentes da SM
Azadbakht e cols. (46)Ensaio clinico randomizado controlado116 pacientes com SM (34 homens e 82 mulheres)NCEPDieta DASH vs. Dieta para redução de peso vs. Dieta controle6 mesesDieta DASH melhorou acentuadamente o perfil de todos os componentes da SM (vs. Dieta para redução de peso)
Laaksonen e cols. (47)Ensaio clínico randomizado72 pacientes com sobrepeso ou obesos    (36 mulheres; 36 homens)NCEPDieta com modificação de carboidratos. Pão de centeio e massa vs. Pão de trigo/aveia e batata3 mesesDieta com pão de centeio e massa aumentou a primeira fase de secreção de insulina
NCEP: National Cholesterol Education Program, SM: Síndrome Metabólica, IDF: International Diabetes Federation, CV: Cardiovascular, AHA: American Heart Association, DASH: Dietary Approaches to Stop Hypertension, DM: Diabetes Melito
Fonte: SETEEMBURGO et al, 2007

A maioria das sociedades internacionais e nacionais não tem ainda diretrizes específicas para a SM como uma entidade clínica independente, e as recomendações são em geral centradas no manejo dos fatores de risco cardiovasculares. Como exemplo, recente publicação conjunta da American Heart Association (AHA) e da American Diabetes Association(ADA) revisa aspectos de prevenção primária de doenças cardiovasculares em pacientes com DM, onde estão incluídas orientações de dieta. As diretrizes dietoterápicas apresentadas não diferem de forma apreciável daquelas já publicadas por essas e outras entidades onde existe referência específica à SM (SETEEMBURGO et al, 2007).

Com base nas evidências existentes sobre o papel da dieta na SM e nas recomendações das principais entidades, seguem algumas recomendações práticas para o manejo dietoterápico da SM:
Tabela 3. recomendações alimentares para pacientes com Síndrome Metabólica.


Valor diário
Alimentos recomendados
Orientação prática
IMC ≥ 25 kg/m²800 - 1500 kcalDieta balanceada com ênfase no consumo de alimentos pobres em gorduras; vegetais do grupo A liberados; preferência por alimentos com baixo índice glicêmico e por carnes magrasPerder peso é a prioridade; 3 e 4 refeições diárias: alimentos preparados no vapor, forno ou grelha sem gordura adicional; consumir alimentos integrais e ricos em fibras e eliminar álcool
IMC < 25 kg/m²kcal adequadas á atividade físicaVer AbaixoVer abaixo
Nutrientes
Carboidratos50 - 60% do VETPreferência por cereais integrais ricos em fibras e alimentos com baixo índice glicêmicoIngerir diariamente: pão integral ou centeio, arroz e/ou massa integral; leguminosas e frutas de baixo índice glicêmico (goiaba, maçã e laranja) e reduzir sucos e açúcar
Gorduras Saturadas Ácidos graxos trans< 30% VET < 1% do VETA maior parte da gordura da dieta deve ser insaturada; Preferência por carnes de peixes e aves; lácteos e derivados pobres em gordura; óleos ricos em ácido graxo poliinsaturados e manosaturados; nozes; amêndoas, castanhasConsumir leite e queijos magros, carne de gado magra; dar preferência a peixe e frango; azeite de canola, girassol ou milho para cocção e de oliva para temperar; margarina; evitar biscoitos e bolos industrializados e embutidos
Colesterol total< 200 mgcarnes de peixes e aves pobres em colesterolConsumir carne de peixe e frango no mínimo 3 vezes por semana; limitar ingestão de carne de gado até 2 vezes por semana
Proteínas15% do VETConsumir carnes magras que podem ser substituídas pelas leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico); o consumo de peixes deve ser incentivado; leite desnatado e queijo magroIngerir leite ou derivados 2 a 3 vezes ao dia; carne magra 1 vez ao dia
Sal (NaCl)3 a 6 g
-
Usar o mínimo de sal no preparo de alimentos; não usar sal na mesa; evitar enlatados e embutidos
Fibras
Fibras totais
Fibras 
solúveis
20 a 30 g > 10 gAlimentos integrais (pão centeio ou integral e aveia), frutas, vegetais do grupo B e leguminosas, alimentos ricos em fibras solúveisIngerir diariamente: alimentos integrais, feijão, frutas ricas em fibras solúveis (laranja, bergamota, mamão papaia, manga), vegetais do grupo B ricos em fibras solúveis (brócolis, cenoura, couve-flor)
Álcool1 drinque: mulheres 2 drinques: homensNão existe recomendação do uso de álcool, mas na presença de peso adequado, ausência de hipertrigliceridemia ou outra contra indicação médica, considerar opção do pacienteDar preferência a bebidas não destiladas; 1 drinque = 355 ml de cerveja, 120 ml de vinho
Fonte: SETEEMBURGO et al, 200


Referências Bibliográficas
Barbalho, Sandra Maria; Mclellan, Kátia Cristina Portero; Lerario, Antonio Carlos. A síndrome metabólica e sua relação com a resistência à insulina, disfunção endotelial e aterogênese.Nutrire Rev. Soc. Bras. Aliment. Nutr, SP,  32(1):89-100, abr. 2007.
CAVAGIONI, Luciane Cesira et al . Síndrome metabólica em motoristas profissionais de transporte de cargas da rodovia BR-116 no trecho Paulista-Régis Bittencourt. Arq Bras Endocrinol Metab,  São Paulo,  v. 52,  n. 6, ago.  2008.
LOTTENBERG, Simão Augusto; GLEZER, Andrea; TURATTI, Luiz Alberto. Síndrome metabólica: identificando fatores de risco. J. Pediatr. (Rio J.),  Porto Alegre,  v. 83,  n. 5, nov.  2007 .  
NAKAZONE, Marcelo Arruda et al . Prevalência de síndrome metabólica em indivíduos brasileiros pelos critérios de NCEP-ATPIII e IDF. Rev. Assoc. Med. Bras.,  São Paulo,  v. 53,  n. 5, out.  2007.
SILVEIRA, Vera Maria Freitas da; HORTA, Bernardo Lessa. Peso ao nascer e síndrome metabólica em adultos: meta-análise. Rev. Saúde Pública,  São Paulo,  v. 42,  n. 1, fev.  2008.
STEEMBURGO, Thais et al . Fatores dietéticos e síndrome metabólica. Arq Bras Endocrinol Metab,  São Paulo,  v. 51,  n. 9, dez.  2007.
TEIXEIRA, Paulo José Ribeiro; ROCHA, Fábio Lopes. Associação entre síndrome metabólica e transtornos mentais. Rev. psiquiatr. clín.,  São Paulo,  v. 34,  n. 1,   2007.

Síndrome metabólica!

Síndrome metabólica e alterações glicêmicas

Conforme o apresentado no caso, Sérgio apresenta fatores para aumento do risco cardiovascular, tais como:
  • Sobrepeso (provavelmente aumento da cintura abdominal);
  • Dislipidemia;
  • Hipertensão arterial;
  • Alteração dos níveis da glicemia de jejum.
Assim, podemos classificá-lo como portador de Síndrome Metabólica (SM), que não é propriamente uma doença, mas uma associação de doenças, ou de fatores de risco cardiovasculares que aumentam a chance de ocorrência de eventos como:
  • Acidente vascular-cerebral (AVC);
  • Infarto agudo do miocárdio (IAM);
  • Progressão de Diabetes Mellitus do tipo 2.
Síndrome metabólica
A primeira dificuldade que notamos em relação à síndrome metabólica é a ausência de um conceito universalmente aceito. Entretanto ainda existem dúvidas se o diagnóstico da SM acrescenta valor prognóstico para a doença cardiovascular, quando comparada à análise individual dos fatores de risco que a define.
Do ponto de vista prático, sugere-se o proposto pela International Diabetes Federation (IDF), que utiliza critérios de fácil obtenção, como podemos verificar no Quadro 1. Com esses critérios, podemos detectar um grande número de pessoas com maior risco de desenvolver diabetes e doença cardiovascular, e, portanto, atuar na prevenção. Um estudo conduzido na cidade de Bauru-SP, utilizando os critérios da Organização Mundial de Saúde para SM, detectou sua presença em 55% da população, o que dá a grandeza do problema.
Quadro 1 – Definição de síndrome metabólica (IDF)
Cintura abdominal aumentada com mais dois dos seguintes fatores:
  • Triglicerídeos ̽ ≥ 150 mg/dL;
  • HDL ̽ c < 40 em homens e < 50 mg/dL em mulheres;
  • Pressão arterial ̽ ≥ 130/85 mmHg;
  • Glicemia de jejum ≥ 100 mg/dL.
Especificidade da cintura abdominal e etnia
Homens (cm)Mulheres (cm)
Europídeos9480
Sul-asiáticos/Chineses9080
Sul-americanos/africanos9080
Japoneses8580
* ou tratamento para dislipidemia e pressão arterial.
Disglicemia
A disglicemia é definida como uma alteração na glicemia que, embora não corresponda aos critérios diagnósticos de diabetes, encontra-se com níveis elevados em relação à normalidade (Quadro 2). Pode ser dividida em glicemia de jejum alterada e intolerância à glicose, sendo ambas preditoras para ocorrência de Diabetes Mellitus e doenças cardiovasculares.
Quadro 2 – Diagnóstico de disglicemia
Glicemia (mg/dL)
Em jejum: 100 a 125Glicemia de jejum alterada
2 horas após 75 gramas de glicose via oral > 140 mg/dL e < 200 mg/dLIntolerância à glicose
Saiba mais (Clique aqui para mais informações)
    A intolerância à glicose é mais frequente nos indivíduos obesos e se associa a outros fatores de risco cardiovasculares, como resistência insulínica, dislipidemia e hipertensão arterial, ou seja, uma descrição que lembra nosso paciente Serjão. Outras causas que podem levar à disglicemia são os medicamentos, tais como betabloqueadores, o ácido nicotínico e os diuréticos tiazídicos.
No caso estudado está indicada a realização de um teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com 75 gramas para classificarmos corretamente seu grau de anormalidade em relação ao metabolismo da glicose. Além das disglicemias, as situações mais comuns com indicação para investigação de diabetes são:
  • Idade superior a 45 anos;
  • Índice de massa corporal (IMC) ≥ 27 kg/m²;
  • Antecedente familiar de diabetes;
  • Mulheres que tiveram diabetes gestacional ou filhos que nasceram com peso superior a 4 kg;
  • Pacientes hipertensos, dislipidêmicos;
  • Doença aterosclerótica.
A seguir podemos verificar a interpretação de um teste oral de tolerância à glicose:
Quadro 3 – Diagnóstico de anormalidade no metabolismo da glicose após TOTG
Glicemia (mg/dL)Jejum (mg/dL)Após 120 minutos (mg/dL)
Glicose jejum alterada>99 e <126< 140
Tolerância diminuída à glicose< 126 mg/dL>140 e < 200
Diabetes Mellitus ≥ 200
Estudos epidemiológicos e experimentais mostram que alterações na glicemia, inferiores aos valores diagnósticos de diabetes, predispõem à aterosclerose e aumentam o risco cardiovascular. Assim, as alterações no estilo de vida, como realização de exercícios regulares, dieta e perda de peso e controle da dislipidemia, são de importância fundamental para a redução na velocidade de progressão para o diabetes. Em relação aos medicamentos para controle da glicemia, os trabalhos clínicos demonstraram ação em relação à metformina, à orlistate e à acarbose, mas não superiores às mudanças no estilo de vida.

Picolés Sem Glúten!

     Vai para minha lista, com ingredientes zero glúten!
      Feitos artesanalmente, 100% natural e leve. Uma ótima pedida para quem deseja um picolé delicioso, nutritivo e saudável.
RECEITAS
Paleta de banana

Você vai precisar de 1 xícara de chá de leite desnatado, 2 unidades de banana madura (nanica ou prata), 1 colher de café de baunilha e 2 colheres de sopa de açúcar.
Como fazer: coloque no liquidificador leite, 1 banana, baunilha e açúcar. Bata até ficar uniforme e ponha a mistura nas forminhas de picolé. Corte a outra banana em rodelas e decore. Deixe no freezer por 4 horas.
Rende 4 paletas e cada porção tem 91 calorias.
Paleta de manga com iogurte

Você vai precisar de 1 xícara de chá de iogurte natural desnatado, 1 unidade de manga madura cortada em cubos, ¼ de xícara de chá de açúcar e 4 unidades de morango cortadas em lâminas.
Como fazer: leve ao liquidificador o iogurte, meia manga cortada e o açúcar. Bata os ingredientes e deposite a mistura nas formas. Finalize decorando com a outra metade da manga em cubos e com as lâminas de morango. Deixe no freezer por 4 horas.
Rende 4 paletas e cada porção tem 96 calorias.
Paleta de morango com creme

Você vai precisar de ½ xícara de chá de leite desnatado, ½ xícara de chá de creme de leite, 2 xícaras de chá de morango, 1 colher de café de baunilha, ½ xícara de chá de açúcar e 1 unidade de kiwi cortado em rodelas.
Como fazer: leve ao liquidificador 1 e ½ xícara de morango, leite, creme de leite, baunilha e açúcar. Bata até formar uma mistura uniforme. Ponha as forminhas, decorando com o restante dos morangos cortados em lâminas e rodelas de kiwi. Deixe no freezer por 4 horas.
Rende 4 paletas com 184 calorias por porção.
Paleta Romeu e Julieta

Você vai precisar de 1 ½ xícara de chá de leite desnatado, 1 xícara de chá de queijo branco fresco e 2 colheres de sopa de goiaba cremosa.
Como fazer: bata no liquidificador o leite e o queijo até ficar uma consistência cremosa. Após coloque a goiabada derretida nas forminhas cobrindo as laterais e finalizando com o creme. Deixe no freezer por 4 horas.
Rende 6 paletas com 95 calorias cada.
Paleta de abacaxi com hortelã

Você vai precisar de 1 xícara de chá de água, ¾ de xícara de chá de abacaxi em cubos, 10 folhas de hortelã e ½ xícara de chá de leite condensado.
Como fazer: no liquidificador coloque a água, o abacaxi, seis folhas de hortelã e o leite condensado. Após coloque nas forminhas e finalize com o que restou das folhas de hortelã. Deixe no freezer por 4 horas.
Rende 4 paletas com 90 calorias por porção.

Cirurgia Bariátrica – Parte 2

Manejo Nutricional na Cirurgia Bariátrica – Parte 2

A deficiência de ácidos graxos essenciais pode ser associada com alopécia após a gastroplastia com derivação em Y de Roux ou derivação biliopancreática. Se houver tal deficiência pode ser estimulado o uso de uma colher de sopa óleo de canola para cozimento dos alimentos, para favorecer a ingestão de ácidos graxos essenciais na tentativa de evitar a alopécia comum no primeiro trimestre após a cirurgia.
A restrição gástrica severa após gastroplastia com derivação em Y de Roux pode causar dificuldade na absorção da sacarose, levando à síndrome do “esvaziamento rápido” ou síndrome de “dumping”. O primeiro trimestre, no período pós-operatório, é o mais difícil, onde qualquer pequena quantidade de sacarose pode desencadear os sintomas.
Com a diminuição das enzimas digestivas no estômago operado, alimentos como carnes e cereais integrais são mais dificilmente digeridos e, por conseqüência, são as principais fontes de zinco e estão diminuídos da ingestão alimentar habitual.


Referência: Nutritional aspects and quality of life in bariatric surgery patients. Aspectos nutricionales y de calidad de vida de los pacientes sometidos a la cirugía bariátrica. (Maria Paula Carlini Cambi1, Glaycon Michels2, João Batista Marchesin

Manejo Nutricional na Cirurgia Bariátrica - Parte 1

O tratamento cirúrgico está sendo alvo de inúmeras pesquisas para a comprovação da redução do peso com a manutenção da saúde em longo prazo.
Após a cirurgia bariátrica, os pacientes mantêm uma ingestão alimentar entre 600 Kcal e 900 Kcal, com adequação da ingestão protéica e uso de suplementos via oral, o que pode promover deficiências nutricionais graves, se não forem bem monitoradas.
Ainda, as dietas hipocalóricas podem ter conseqüências psicológicas importantes como alteração do humor e aumento da agressividade.
Essas dietas extremamente hipocalóricas tendem a provocar complicações importantes, se não forem bem monitoradas como: desidratação, desequilíbrio hidroeletrolítico, hipotensão ortostática e aumento da concentração de ácido úrico, assim como fadiga, cãibras musculares, cefaléia, distúrbio gastrintestinal e intolerância ao frio.
No processo de reeducação nutricional, deve-se estimular o consumo de alimentos protéicos ricos em ferro (carnes, ovos, peixe, frango) e ricos em cálcio (leite e derivados). Devido à dificuldade de os pacientes consumirem alimentos protéicos, deve ser estimulado o uso de módulos protéicos industrializados batidos em vitaminas de frutas, caldos e mingaus com pouca aderência no seu uso. O ideal seria fornecer pelo menos 40g a 60g de proteína por dia.  A baixa ingestão pode vir acompanhada de baixos níveis de transferrina ou albumina. Já que a carne vermelha não é bem tolerada, devido à falta de mastigação apropriada e também à diminuição das secreções gástricas, as opções protéicas se restringem, em alguns casos, a leite e derivados, ovos, peixe e frango, além das próprias fontes de baixo valor biológico que podem favorecer uma ingestão protéica próxima ao ideal. É conveniente lembrar, no entanto, que a carne vermelha seria a melhor escolha de proteínas, por ser de alto valor biológico e fonte de ferro heme.
Há perda de massa corporal celular nos primeiros três meses, após a cirurgia bariátrica, mas há o retorno ao normal em 12 a 18 meses após a operação. Se este quadro persistir, há necessidade de se utilizar suplementação protéica adicional.