terça-feira, 18 de agosto de 2015

Manejo Nutricional na Cirurgia Bariátrica - Parte 1

O tratamento cirúrgico está sendo alvo de inúmeras pesquisas para a comprovação da redução do peso com a manutenção da saúde em longo prazo.
Após a cirurgia bariátrica, os pacientes mantêm uma ingestão alimentar entre 600 Kcal e 900 Kcal, com adequação da ingestão protéica e uso de suplementos via oral, o que pode promover deficiências nutricionais graves, se não forem bem monitoradas.
Ainda, as dietas hipocalóricas podem ter conseqüências psicológicas importantes como alteração do humor e aumento da agressividade.
Essas dietas extremamente hipocalóricas tendem a provocar complicações importantes, se não forem bem monitoradas como: desidratação, desequilíbrio hidroeletrolítico, hipotensão ortostática e aumento da concentração de ácido úrico, assim como fadiga, cãibras musculares, cefaléia, distúrbio gastrintestinal e intolerância ao frio.
No processo de reeducação nutricional, deve-se estimular o consumo de alimentos protéicos ricos em ferro (carnes, ovos, peixe, frango) e ricos em cálcio (leite e derivados). Devido à dificuldade de os pacientes consumirem alimentos protéicos, deve ser estimulado o uso de módulos protéicos industrializados batidos em vitaminas de frutas, caldos e mingaus com pouca aderência no seu uso. O ideal seria fornecer pelo menos 40g a 60g de proteína por dia.  A baixa ingestão pode vir acompanhada de baixos níveis de transferrina ou albumina. Já que a carne vermelha não é bem tolerada, devido à falta de mastigação apropriada e também à diminuição das secreções gástricas, as opções protéicas se restringem, em alguns casos, a leite e derivados, ovos, peixe e frango, além das próprias fontes de baixo valor biológico que podem favorecer uma ingestão protéica próxima ao ideal. É conveniente lembrar, no entanto, que a carne vermelha seria a melhor escolha de proteínas, por ser de alto valor biológico e fonte de ferro heme.
Há perda de massa corporal celular nos primeiros três meses, após a cirurgia bariátrica, mas há o retorno ao normal em 12 a 18 meses após a operação. Se este quadro persistir, há necessidade de se utilizar suplementação protéica adicional.


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